Como em todas as reações químicas, a temperatura desempenha um papel nas mudanças que ocorrem em um vinho engarrafado ao longo do tempo. Em geral, as reações acontecem mais rápido em temperaturas mais altas, pois há mais energia disponível e as moléculas estão se movendo mais rápido. É por isso que o armazenamento do vinho deve ser frio e consistente, o que desacelera esses processos e garante que eles aconteçam em um ritmo desejável, constante e lento.
O pH de qualquer solução, incluindo vinho, variará com a temperatura. Até mesmo o pH da água pura diminuirá conforme a temperatura aumenta! Temperatura mais alta significa mais íons de hidrogênio livres, o que, por sua vez, significa um pH mais baixo.
No entanto, essa mudança no pH não indica necessariamente uma mudança na acidez, que é uma medida da proporção de íons de hidrogênio para íons de hidróxido. Como também haverá mais íons de hidróxido em temperaturas mais altas, a acidez real de uma solução permanecerá a mesma, assumindo que o aumento da temperatura não induza reações que alterem sua composição química fundamental.
O ponto principal é que, a menos que você esteja esquentando muito seu vinho para seu experimento, é improvável que veja qualquer mudança significativa na acidez, embora o pH mude muito ligeiramente. Como tal, pode ser necessário ajustar seus cálculos para levar em conta as diferenças de temperatura.
O ponto muito mais importante para a maioria dos amantes de vinho tem a ver com a temperatura de serviço e a maneira como percebemos a acidez de um vinho no paladar. Se um vinho for servido gelado, a acidez provavelmente parecerá forte. Se um vinho for servido muito quente, o álcool se destacará mais em relação à acidez, e o vinho parecerá flácido.
É por isso que servir vinho na temperatura certa — em que a acidez deve se apresentar em equilíbrio, assim como o enólogo pretendia — é crucial para ajudar suas garrafas a mostrarem o melhor.
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