Pular para o conteúdo principal

COMO O ENVELHECIMENTO EM GARRAFA AFETA A ACIDEZ DE UM VINHO?

Depois que um vinho passa pela fermentação (quando o açúcar nas uvas é convertido em álcool) e é engarrafado, a composição química não muda muito.

Pelo menos no começo. Sabemos que, à medida que o vinho envelhece, algumas coisas mudam lentamente. Dependendo do vinho, essas mudanças podem começar a se tornar evidentes depois de vários anos, e certamente por volta da marca dos 10 anos e além. As reações exatas que ocorrem no vinho à medida que ele envelhece — e como elas são responsáveis ​​pelo aroma, sabor e textura do vinho envelhecido — continuam sendo um mistério e uma área de pesquisa contínua.

Mas sabemos algumas coisas com certeza. À medida que o vinho envelhece, alguns taninos e moléculas de pigmento polimerizam e saem da solução como sedimento. A cor geralmente começa a desbotar e fica marrom. Também pode haver alguma redução da acidez, pois os álcoois e ácidos se combinam para formar ésteres em um processo chamado esterificação. O ácido tartárico também pode sair da solução como cristais de bitartarato de potássio.

Em termos de pH, a queda na acidez ao longo do tempo será muito pequena, se ocorrer. Dito isso, a acidez pode parecer menos evidente à medida que o vinho envelhece. Assim como os taninos amolecem e parecem mais redondos, a acidez de um vinho provavelmente parecerá mais equilibrada e parte de um todo coerente, em vez de um aspecto do vinho que se destaca por si só.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

SE O VINHO É LÍQUIDO, COMO ELE PODE SER SECO?

Parece contraditório, ou mesmo impossível, que uma bebida seja seca. No entanto, quando se diz que um vinho é seco, não estamos falando de seu estado físico, que é líquido. Mas sim da sua classificação quanto ao teor de açúcar. Neste caso, de acordo com a legislação brasileira, um vinho pode ser seco, demi-sec (ou meio-seco) ou suave. O vinho seco tem uma concentração de glicose de até 5 gramas por litro. O demi-sec, entre 5 g/l e 20 g/l.  O suave contém mais de 20 g/l. A confusão em relação ao termo seco vem da tradução da classificação francesa. A palavra “sec”, em português, quer dizer seco. Só que palavras correspondentes possuem sentidos diferentes em cada língua.”No francês, seco não se refere apenas a algo que não é úmido. Seco é o oposto de algo que não é macio ou suave. Poderia ser um sinônimo para áspero ou rude”, explica o sommelier Vinícius Santiago, da Vinícola Salton. Com uma concentração de glicose de 5 g/l, que caracteriza o vinho seco, o sabor adocicado n...

QUAL A MANEIRA CORRETA DE SEGURAR UMA TAÇA DE VINHO?

Em primeiro lugar, a taça de vinho deve estar firme e confortável na sua mão. Assim, você pode segurar sua taça da maneira que quiser. Agora, você pode parar de ler daqui em diante, pois o que abordaremos nesse texto é considerado "FRESCURA" por bastante pessoas. Além de confortável na sua mão, há sim, etiqueta para segurar uma taça de vinho. Aliás, é primeiro passo para demonstrar formalidade, elegância, educação e polidez com vinhos. Por sorte, não é nem um pouco complicado de fazer isso: As taças de vinho foram projetadas para serem seguradas pela haste (se houver uma, lógico, caso não haja, não há regras).  Dessa forma (IMAGEM 1 e 2 do post), garante que o calor da sua mão não transfira calor para o vinho na taça. Outra vantagem disso, é que facilita girar o vinho, despertando a sua complexidade aromática, além de permitir apreciar a cor do vinho e evitar manchas desagradáveis de suas impressões digitais. Não importa onde você segura a taça pela haste. Algumas p...

A QUESTÃO QUE SURGE NO PARADOXO FRANCÊS

De acordo com o levantamento da Organização Internacional da Vinha e do Vinho, a França está em segundo lugar no ranking de maior consumidor de vinho do planeta. Perde somente para Portugal, país per capita de vinho, com média de 58 garrafas por ano/por habitante e os franceses, com 54 garrafas; os suíços, em terceiro, com 44 unidades consumidas, em média. Como já vimos, os franceses são os mais sedentários, fumam mais e ingerem mais gorduras saturadas, comparado aos outros países vizinhos. Todavia, o mais intrigante é por ser o país que menos apresenta problemas cardiocirculatórios do mundo. Isso se dá pelo consumo frequente e moderado do vinho, bebida que contém inúmeros benefícios para a saúde. Porém, há uma questão: Se os outros países também consomem quantidades significativas de vinho, equivalentes ao dos franceses, por que eles não são agraciados pelo mesmos benefícios? Portugal, por exemplo, está em primeiro lugar como maior consumidor de vinho. A resposta está atribuíd...