Pular para o conteúdo principal

POR QUE NEM SEMPRE O AROMA DE UM VINHO É O MESMO DE SEU SABOR?

Quando se trata do ato de cheirar, leve em conta de que o nariz do ser humano consegue distinguir entre 10.000 a 1 trilhão de aromas diferentes. Esta informação já explica muita coisa, não é mesmo?

Na questão de paladar, as papilas gustativas, que são pequenas saliências presentes na superfície da língua, captam os sabores básicos: doce, salgado, amargo, azedo e salgado (a medicina detectou mais dois - o metálico e o umami - mas não são aceitos por todos os cientistas).

É interessante saber que o cheiro afeta no que provamos. Faça você mesmo o teste, tampe seu nariz e coma uma fruta. Não sentirá o gosto exato.

O ato de cheirar e sentir o gosto são processos fisiológicos distintos. Posso não sentir o cheiro de um chocolate amargo, mas com certeza consigo sentir o gosto; sinto um cheiro esfumaçado de churrasco, mas o frango tem um gosto único.

Em relação aos vinhos, há muita coisa em jogo. Os elementos como taninos, acidez, álcool e dulçor influenciam muito. Até a temperatura pode interferir nos aromas e sabor.

Um vinho com notas marcantes de frutas silvestres pode ter acidez escassa, com temperatura elevada, o que consequentemente causará um encurvamento e achatamento dos sabores da fruta. O jeito de como é servido um vinho conta muito. O vinho servido na taça com certeza terá seus aromas mais despertos do que um vinho servido em um copo plástico, porém os sabores podem ser o mesmo!


Texto redigido por @gabriel_vercelli

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

SE O VINHO É LÍQUIDO, COMO ELE PODE SER SECO?

Parece contraditório, ou mesmo impossível, que uma bebida seja seca. No entanto, quando se diz que um vinho é seco, não estamos falando de seu estado físico, que é líquido. Mas sim da sua classificação quanto ao teor de açúcar. Neste caso, de acordo com a legislação brasileira, um vinho pode ser seco, demi-sec (ou meio-seco) ou suave. O vinho seco tem uma concentração de glicose de até 5 gramas por litro. O demi-sec, entre 5 g/l e 20 g/l.  O suave contém mais de 20 g/l. A confusão em relação ao termo seco vem da tradução da classificação francesa. A palavra “sec”, em português, quer dizer seco. Só que palavras correspondentes possuem sentidos diferentes em cada língua.”No francês, seco não se refere apenas a algo que não é úmido. Seco é o oposto de algo que não é macio ou suave. Poderia ser um sinônimo para áspero ou rude”, explica o sommelier Vinícius Santiago, da Vinícola Salton. Com uma concentração de glicose de 5 g/l, que caracteriza o vinho seco, o sabor adocicado n...

QUAL A MANEIRA CORRETA DE SEGURAR UMA TAÇA DE VINHO?

Em primeiro lugar, a taça de vinho deve estar firme e confortável na sua mão. Assim, você pode segurar sua taça da maneira que quiser. Agora, você pode parar de ler daqui em diante, pois o que abordaremos nesse texto é considerado "FRESCURA" por bastante pessoas. Além de confortável na sua mão, há sim, etiqueta para segurar uma taça de vinho. Aliás, é primeiro passo para demonstrar formalidade, elegância, educação e polidez com vinhos. Por sorte, não é nem um pouco complicado de fazer isso: As taças de vinho foram projetadas para serem seguradas pela haste (se houver uma, lógico, caso não haja, não há regras).  Dessa forma (IMAGEM 1 e 2 do post), garante que o calor da sua mão não transfira calor para o vinho na taça. Outra vantagem disso, é que facilita girar o vinho, despertando a sua complexidade aromática, além de permitir apreciar a cor do vinho e evitar manchas desagradáveis de suas impressões digitais. Não importa onde você segura a taça pela haste. Algumas p...

A ORIGEM DA TRADIÇÃO DE BRINDAR

Ao erguer suas taças de vinho, os povos antigos faziam uma oferenda simbólica a seus deuses. Os relatos mais antigos de brindes remontam aos gregos e fenícios, segundo Jennifer Rahel Conover. Para saciar a sede das divindades, os romanos adotaram o hábito de derramar um pouco da bebida no chão – algo como o costume de dar um gole de cachaça “pro santo”, comum no Brasil. Além disso, o brinde selava o fim de conflitos. O vencedor dava o primeiro gole para provar que não iria envenenar o adversário. “E, ao bater um copo no outro, os romanos achavam que os venenos se depositariam no fundo das taças”, afirma John Bridges, autor do livro A Gentleman Raises his Glass (“Um Cavalheiro Ergue seu Copo”, inédito no Brasil). Na ameaça de intoxicação também está uma das hipóteses sobre a origem da exclamação “saúde!”, que acompanha os brindes: na Grécia antiga, isso poderia ser uma promessa de que a bebida estava boa. Fonte:  https://super.abril.com.br/historia/como-surgiu-a-tradicao-de-...