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POR QUE NEM SEMPRE O AROMA DE UM VINHO É O MESMO DE SEU SABOR?

Quando se trata do ato de cheirar, leve em conta de que o nariz do ser humano consegue distinguir entre 10.000 a 1 trilhão de aromas diferentes. Esta informação já explica muita coisa, não é mesmo?

Na questão de paladar, as papilas gustativas, que são pequenas saliências presentes na superfície da língua, captam os sabores básicos: doce, salgado, amargo, azedo e salgado (a medicina detectou mais dois - o metálico e o umami - mas não são aceitos por todos os cientistas).

É interessante saber que o cheiro afeta no que provamos. Faça você mesmo o teste, tampe seu nariz e coma uma fruta. Não sentirá o gosto exato.

O ato de cheirar e sentir o gosto são processos fisiológicos distintos. Posso não sentir o cheiro de um chocolate amargo, mas com certeza consigo sentir o gosto; sinto um cheiro esfumaçado de churrasco, mas o frango tem um gosto único.

Em relação aos vinhos, há muita coisa em jogo. Os elementos como taninos, acidez, álcool e dulçor influenciam muito. Até a temperatura pode interferir nos aromas e sabor.

Um vinho com notas marcantes de frutas silvestres pode ter acidez escassa, com temperatura elevada, o que consequentemente causará um encurvamento e achatamento dos sabores da fruta. O jeito de como é servido um vinho conta muito. O vinho servido na taça com certeza terá seus aromas mais despertos do que um vinho servido em um copo plástico, porém os sabores podem ser o mesmo!


Texto redigido por @gabriel_vercelli

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