Uma lenda maluca está viralizando nas redes sociais, principalmente no Whatsapp, que diz o seguinte:
No Museu do Homem do Nordeste conta-se uma história muito interessante sobre a origem da pinga, a globalizada cachaça brasileira. Ela diz o seguinte:
Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo.
Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse.
Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou.
A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor.
No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado.
Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo.
Resultado: o ‘azedo’ do melado antigo era álcool, que aos poucos foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente.
Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome ‘PINGA’.
Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia muito, por isso deram o nome de ‘ÁGUA-ARDENTE’
Caindo em seus rostos escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar.
E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo.
O maior dos pecados desse trecho é a noção de que a cachaça foi uma espécie de filha do acaso, o que está a léguas de distância da verdade. De forma muito resumida, ou o post se alongaria desmesuradamente, é preciso lembrar que a cachaça é um produto de fabricação complexa. É fermentado e posteriormente destilado e jamais pingaria espontaneamente de nenhum teto.
Fonte: https://xn--devotosdacachaa-rmb.com.br/
Agradecimentos ao colunista Dirley Fernandes, por desmentir a tal informação!
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